O assédio moral no ambiente de trabalho pode ser
conceituado como “a exposição dos trabalhadores
e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas
durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comum
em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam
condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou
mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da
vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do
emprego".
Considerando o recente processo histórico de
inserção das mulheres no mercado de trabalho e a ainda persistente colocação em
cargos de nível inferior e/ou com salários significativamente inferiores aos
dos homens – questões diretamente influenciadas pelas relações desiguais de
gênero, às quais são determinadas pelo modelo patriarcal e machista da
sociedade em que vivemos – podemos afirmar que as mulheres são o perfil da
classe trabalhadora que mais sofrem assédio moral nas relações de trabalho.
A ideia de que uma maior eficiência, capacidade
laboral, biológica e intelectual são maiores no homem que na mulher, além de
questões como a imposição social da mulher também ter que executar serviços
domésticos em seu lar e o constante ‘medo’ de perder o emprego devido ao
afastamento por uma gravidez fazem com que as mulheres sejam constantemente
submetidas à situações discriminatórias e/ou vexatórias em seu ambiente de
trabalho.
Contudo, é sabido que essas situações são,
majoritariamente, veladas. Atitudes dos empregadores como a comemoração do 8 de
março – e a entrega de rosas nesse dia – nada mais são que um mecanismo para
mascarar toda a desestabilização emocional e psíquica e os ataques à dignidade
e identidade como conseqüência de inferiorização e humilhações sofridas
cotidianamente por mulheres no trabalho.
Que neste 8 de março,
em nossos locais de trabalho, ao invés de recebermos rosas e belas mensagens,
exijamos um ambiente de trabalho digno, sem violência, ético e que respeite e
valorize a mulher enquanto trabalhadora!
LUTA MULHER!
Bom Dia,
ResponderExcluirGostaríamos de lhe fazer uma proposta de parceria, caso tenha interesse em conhecê-la pedimos a gentileza de que entre em contato conosco pelo e-mail divulgacao@jurua.com.br e informe o endereço de seu blog/site para lhe encaminharmos a proposta correta.
Atenciosamente,
Alex Chagas
Juruá Editora